Tiramos como exemplo o primeiro encontro de uma kpopper carioca com outra que morava bem perto de sua casa. Uma delas disse em voz alta dentro de uma loja que amava o Bi Rain, repentinamente, as pernas da outra começaram a bambear. Ela não podia acreditar que havia uma kpopper naquele bairro, naquela cidade, no mesmo Estado... Eram tão pouquinhos salpicados pelo país.
Alguns em São Paulo, Rio de Janeiro, dois ou três no Nordeste, um solitário fã em Manaus... Encontrar um kpopper ao acaso era como encontrar um bichinho em extinção.
Mas ali estava a kpopper, dentro de uma loja no Rio de Janeiro, ao lado de outra kpopper. Tremendo, a que havia ouvido a palavra mágica 'Bi Rain', se aproximou e perguntou se ela era uma fã de música pop coreana. A resposta foi imediata e embora tivessem muito o que dizer uma para a outra, suas pernas estavam bambas e suas gargantas secas... Era muita emoção! Duas kpoppers haviam se encontrado no mundo! Elas não estavam sozinhas!
Realmente a muito romantismo nisso tudo, mas é assim que deve ser. É especial porque não é comum, não é banal... Quantos kpoppers não começam o ano letivo pensando em encontrar um único kpopper em sua escola? Quantos fones de ouvido tocam kpop em nossa cidade sem que saibamos?
Parte desse romantismo meloso tem haver com os primeiros momentos deste estilo musical em nosso país, momento em que tudo era raro, era incomum.
Contávamos nos dedos quantos existiam em nosso Estado, até mesmo na própria Internet.
Pois é, mas deixamos de ser bichinhos escondidos nas tocas para nos tornarmos um grupo bem barulhento!
Os primeiros eventos de Kpop... O fato de podermos estar reunidos com outros fãs iguais a nós, trocando experiências e gostos, aprendendo as pronúncias, esperando que um dia uma loja vendesse álbuns no Brasil...
Quando poderíamos imaginar que viriam ao Brasil? Nunca!! Não é?
Era impossível imaginar porque não estávamos no mapa do Kpop anos atrás... Ninguém poderia imaginar que brasileiro gostaria de música coreana, eles acreditavam...
De fato, somos mais de 6.000 fãs... Embora não haja um 'censo kpopper' por ai, podemos tirar como prova os últimos eventos que ocorreram no país. No início estávamos todos relutantes em definir os fãs brasileiros como uma 'grande família', muitos não gostavam e não gostam deste termo e, se antes era complicado empregá-lo ao grupo, muito mais agora que somos uma multidão.
Colunista: Elaine França
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